sábado, 3 de dezembro de 2016

UMA PEQUENA HOMENAGEM!


     Temos em nossas fileiras, torcedores dos principais times do futebol paulista, mas independentemente de sermos São São-paulinos, Santistas, Corintianos ou Palmeirenses, neste ano nutrimos uma admiração pela Chape, nos sentindo arrasados pela tragédia ocorrida. Então prestamos aqui uma singela homenagem ao time que fez, não só a cidade de Chapecó feliz, mas nos alegrou com seu futebol. Um alviverde imponente, campeão dos campeões, campeão absoluto deste ano e amado clube brasileiro.
         Aqueles que desejarem contribuir para que a Chapecoense possa se reerguer, colocamos abaixo o link para que você possa se tornar um sócio-torcedor contribuinte do time catarinense. Segue abaixo maiores informações e o referido link.
Faça parte da nossa família, associe-se e jogue junto com a Chape.

Devido à quantidade de ligações e novos cadastros de sócios que estão querendo contribuir com a Chape, adicionamos uma nova modalidade de Sócio Contribuinte.


Vantagens do Sócio Contribuinte
  • - Sócio Contribuinte vai receber em casa a carteirinha da Chape.
  • - Acesso a promoções exclusivas para sócio;
  • - Descontos nos ingressos dos jogos;
Planos
Contribuinte R$ 20,00

Dados de contato

E-mail: comunicacao@chapecoense.com 
Telefone: (49) 3905.3700
Endereço: Arena Condá 
                 Rua Clevelândia, 656 - Centro
                 Chapecó, Santa Catarina, Brasil 

Twiter: #VamosChape



sábado, 27 de agosto de 2016

O MERCADO EDITORIAL E SUAS VARIANTES



            Este é um mercado muito novo. O e-book surgiu em 1971, quando Michael Hart liderou o projeto Gutemberg. A ideia era que os livros digitais fossem totalmente gratuitos, permitindo que a literatura fosse mais acessível. Mas o primeiro livro digital somente foi publicado 22 anos depois, em 1993. Daí em diante, o mercado de e-books começou a se desenvolver, tendo, em 2012, respondido por cerca de um quinto (20%) das vendas de livros nos Estados Unidos. As informações são da Association of American Publishers (AAP) e Book Industry Study Group (BISG). De acordo com os números, publicados pelo Mashable, a venda de e-books gerou 3 bilhões de dólares, um aumento de 44,2% em relação a 2011. Os dados incluem vendas de títulos ficção e não-ficção para adultos, jovens e crianças, mas não levam em conta obras de educação universitária/profissional.

           No Brasil esse mercado ainda é muito tímido, mas, em um futuro próximo, espera-se que haverá mudanças significativas. Acredita-se que ler um e-book será muito mais acessível para os brasileiros e o que contribui para isso é a crescente ascensão das máquinas (Readers, Tablet, Smartphones, etc) e a expansão da internet.

          O Brasil chegou a 168 milhões de smartphones em uso, um crescimento de 9% em relação a 2015, quando a base instalada era de 152 milhões de celulares inteligentes. Os dados são da 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada em 13/04/2016.

          De acordo com o estudo, a expectativa é de que, nos próximos dois anos, o País tenha 236 milhões de aparelhos desse tipo nas mãos dos consumidores, em um crescimento de 40% em relação ao momento atual.

          No entanto, segundo dados da consultoria IDC, houve queda de 13,4% no número de smartphones vendidos no Brasil em 2015. Ao todo, foram pouco mais de 47 milhões de aparelhos, contra 54,5 milhões de unidades em 2014.



Computadores.




         Atualmente, de acordo com a pesquisa, o Brasil tem também 160 milhões de computadores (entre notebooks, tablets e desktops) em funcionamento, em um crescimento de 7% na base instalada com relação ao levantamento de 2015. Até o final do ano serão 166 milhões de computadores em uso – o número inclui 30 milhões de tablets.

          Caso a previsão se confirme, no final do ano o País teria quatro computadores para cada cinco habitantes. Sem a contagem dos tablets, são dois dispositivos para cada três brasileiros. Os dados mantêm o Brasil à frente da média mundial de 78 dispositivos para cada cem habitantes. No mundo, são 60 computadores para cada cem habitantes, enquanto nos Estados Unidos a proporção é consideravelmente mais alta: 144 aparelhos para cada cem pessoas.

           Segundo dados da consultoria IDC, houve queda nas vendas de tablets pela primeira vez no País em 2015: no ano passado, as fabricantes venderam pouco mais de 5,8 milhões de unidades, recuo de 38% na comparação com 2014. No entanto, a previsão da FGV-SP é otimista, com comercialização de 15,2 milhões de unidades

           Se essas informações ajudam a entender como estão atualmente os mercados que impulsionam os negócios de livros digitais, conhecer quem são e o que pensam os leitores de e-books ajudará ainda mais. Vejamos:



O Leitor Brasileiro




           O levantamento mais recente sobre o comportamento do leitor brasileiro, promovido pelo Instituto Pró-Livro e realizado pelo Ibope Inteligência, é a 4ª edição de “Retratos da Leitura no Brasil”.

           O estudo do Ibope considera “leitor” aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos três meses antecedentes à pesquisa e “não-leitor” aquele que não leu nenhum livro nesses mesmos três meses, independentemente de  que tenha lido algum nos doze meses anteriores.

          A pesquisa um aumento no número de leitores no Brasil. Divulgada na quarta-feira (18/-5/16)), em São Paulo, estima-se que 104,7 milhões de brasileiros (ou 56% da população acima dos 5 anos de idade) leram pelo menos partes de um livro nos últimos três meses. Em 2011, quando foi realizada a última edição da pesquisa, esse índice era de 50%. A pesquisa revela ainda que houve aumento nos índices de leitura per capita. Se em 2011, um brasileiro lia quatro livros por ano, em 2015, o índice chegou a 4,96. Os aumentos – tanto da população leitora quanto dos índices de leitura – foram sentidos nas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Norte. No Nordeste, a população leitora se manteve estável (51% de leitores) e os índices de leitura per capita caíram de 4,3 livros por ano em 2011 para 3,93 em 2015.

O Livro Digital

         A pesquisa de 2011 detectou que 81 milhões de brasileiros tinham acesso à internet. Em 2015, esse número subiu para 127 milhões. Sobre as atividades relacionadas à leitura que realizam na internet, os itens mais indicados são: leitura de notícias e informações em geral (52%); estudo e pesquisas para a realização de trabalhos escolares (35%) e aprofundamento no conhecimento a respeito de temas de interesse pessoal (32%). A leitura de livros fica em sexto lugar, com 15%.

           Atualmente, a faixa etária dos entrevistados que mais acessam a internet para leitura de livros é a de 18 a 24 anos. A maioria dos leitores de livros digitais é do gênero masculino (53%) e está nas classes B (43%) e C (42%). Na distribuição geográfica, 48% dos leitores digitais estão no Sudeste, 23% no Nordeste, 12% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 7% no Norte. O dispositivo mais usado na leitura de livros digitais é o celular ou smartphone (56%), seguido por computadores (49%) e tablets (18). Dispositivos dedicados à leitura, os e-readers, ficaram na lanterninha, com 4% de participação.

          A pesquisa perguntou ainda se as pessoas já ouviram falar em livros digitais. Quarenta e um por cento dos entrevistados responderam sim. Desse universo apenas 26% declararam já ter lido um e-book. Dentre os que declararam já ter lido um e-book, 88% disseram que o baixaram gratuitamente. Apenas 15% declararam ter pago pelo livro digital.



Influenciadores de leitura e de compra




     A pesquisa mostra que 33% dos respondentes declararam que tiveram influência de alguém para começar a ler. A figura materna – mãe ou responsável do gênero feminino – é a maior influenciadora nesse quesito. Professores e professoras representam 7% e a figura paterna, 4%.

      Quando questionados “qual destes fatores mais o influencia na hora de escolher um livro para comprar?”, 55% dos respondentes disseram que o tema ou o assunto é determinante na escolha. Chama a atenção a parcela da população que compra um livro a partir de recomendação de sites especializados, blogs ou redes sociais. Apenas 3% dos respondentes optaram por essa opção, colocando em xeque a figura de blogueiros como grandes divulgadores de livros.


Fontes: Sebrae, Instituto Pro-Livro, Publisnews

segunda-feira, 4 de julho de 2016

NOVA COLEÇÃO A CAMINHO



 NOVA COLEÇÃO A CAMINHO
Dragonfly lançará nova coleção de e-contos, agora do Genero Stempunk!

            Dando continuidade ao trabalho de levar ao publico textos de qualidade, de preferência escritos por autores brasileiros, a Dragonfly formalizou, em abril 2016, uma parceria para selecionar os textos que comporão a futura coleção.
            Para aqueles que desejam enviar seus textos, a Aliteração Serviços Editoriais já está recebendo os contos para analise. Acessem a pagina do facebook de nossa parceira, no endereço abaixo, e saiba como.
            Como todo processo seletivo possui regras, segue abaixo as que compõem nosso processo de seleção para STEAMPUNK TALES COLLECTION, com suas devidas explicações.

REGRAS

1 – Os textos devem possuir o formato de noveleta.

Explicação: As chamadas noveletas são textos, cujo formato se coloca entre o conto ou ficção curta, e a novela. Para efeito desta seleção, noveleta será toda obra com o mínimo de 7.500 palavras e o máximo de 17.000 palavras. Transformando isso em paginas do Word, ficará entre 12 e 18 páginas no formato padrão do Word, ou seja, formato A4, fonte Arial 12.

2 – Os textos podem ter seu formato narrativo tanto em primeira, quanto em terceira pessoa.

Explicação: A escolha do formato narrativo é livre, podendo o autor utilizar-se tanto da narrativa em primeira pessoa, quanto em terceira pessoa, ou se assim desejar, fazer uso das duas formas.

3 – O gênero a ser utilizado pelo autor (fantasia, terror, ficção científica, policial, romance, etc.) é livre, sendo OBRIGATÓRIO a presença do subgênero STEAMPUNK. Os textos que não apresentarem as características tecnológicas Steampunk serão desclassificados

Explicação: Para saber mais sobre Steampunk, leia matéria em nosso blog e no facebook da Aliteração, através dos links no final desta matéria.

4 – Os textos deverão ser escritos por um único autor. Não serão aceitos textos em parceria.

Explicação: O objetivo da Coleção STEAMPUNK TALES COLLECTION é apresentar ao publico o subgênero e seus autores, dando oportunidade aos escritores iniciantes ou experientes de mostrar sua obra e estilo, por isso os textos deverão ter autoria individual.
5 – Os textos deverão estar acompanhados de uma mini-biografia do autor e seus dados pessoais, que o identificarão junto a curadora e a editora.

Explicação: A minibiografia devera conter informações básicas, como data e cidade de nascimento, experiências literárias, obras e outras informações que julgar necessária. Os dados pessoais, que deverão estar a parte da minibiografia são: Nome completo, pseudônimo (se tiver), Endereço completo, e-mail de contato e telefone de contato

6 – Cada candidato poderá participar com quantas obras desejar, não havendo numero máximo de obras, mas NÃO poderá ter mais de UMA obra selecionada para compor a coleção.

Explicação: O objetivo é dar a chance a dez escritores de ter uma obra publicada e premiar o esforço daqueles que irão dedicar tempo e trabalho na confecção de seus textos. Por isso a liberdade de participar com quantos contos desejar, aumentando suas chances com o trabalho despendido, e a escolhe de apenas um conto para dar oportunidade ao maior número de autores possíveis.

7 – Os textos devem, OBRIGATORIAMENTE, ser encaminhados ao curador da coleção (Aliteração), em forma de arquivo anexo a mensagem endereçada a página da Aliteração no Facebook.

Explicação: Como a Aliteração irá selecionar os textos que comporão a obra, realizando posteriormente, um trabalho de Copydesk antes de encaminha-los a editora, para o processo de publicação, TODOS os contos devem ser encaminhados à curadora. Textos encaminhados diretamente à editora serão descartados, sem qualquer analise.

8 – Não serão aceitas poesias e suas variações implícitas.

Explicação: Por decisão dos organizadores, os textos devem ser narrativas em prosa. Poesias podem fazer parte da narrativa, desde que sejam apenas um elemento na historia e não seu formato.

9 – Todos os contos serão publicados no formato digital.

Explicação: Autoexplicativo.

10 – Todos os custos de publicação do e-book (revisão, diagramação, capa, etc) serão custeados completamente pela editora, não sendo cobrado nada do autor.

Explicação: Autoexplicativo.

11 – Os vencedores serão divulgados pela curadora, em data previamente informada, e na sequencia de sua publicação.

Explicação: Autoexplicativo.

12 – A formalização dos respectivos contratos serão realizados pela editora, diretamente com os autores selecionados, observando as datas de publicação, a ser informada pela editora, devendo as mesmas se iniciar em MARÇO de 2017 e encerrar-se em Dezembro de 2017, com a publicação de UM titulo por mês, conforme cronograma. Tais prazos podem sofre alterações, tendo em vista possíveis atrasos no fluxo de produção dos e-books.

Explicação: Autoexplicativo.

Boa Sorte a todos, e mãos a obra!
                                                                                                                     James Andrade
                                                                                                                        Editor-Chefe

domingo, 19 de junho de 2016

A PEQUENA EDITORA E O AUTOR INICIANTE




        A ideia da maioria das pessoas, que começam sua senda literária, apresentando seu primeiro original a uma editora, é de que, depois de aprovado o livro, não terá que fazer mais nada a não ser desfrutar da fama que virá, isso sem contar as várias exigências que imagina poder impor a editora, que resolveu investir nele. Ledo engano, pois o buraco é mais embaixo!
       Há aproximadamente dez ou quinze anos, um novo autor só conseguia publicar seu original com muita sorte ou, principalmente, se pagasse por uma edição independente, o que não era barato. Hoje, não.
       Com um investimento relativamente baixo, e pagamento facilitado, milhares de autores conseguem tirar seus textos do computador, do diário ou da gaveta, e levá-los diretamente para a estante, quer através de uma publicação independente ou através de uma editora. Porém, apesar do caminho para efetivamente publicar seu trabalho ter se tornado mais fácil, o trabalho não termina depois da noite de autógrafo, muito pelo contrario. É depois das “festas de lançamento” que a coisa começa a pegar.
      A publicação em si não fará com que leitores se interessem pelo seu livro, como num passe de mágica. Aliás, não existe mágica no Mercado Editorial e uma Editora também não é uma instituição beneficente, nem uma clinica de psicologia para tratar suas emoções. Ela é uma empresa que vendo um produto – livro, impresso ou digital – e tem como objetivo primário, auferir LUCRO. Então, se seu livro não “vender”, dificilmente ela irá investir num novo projeto. Aqui cabe um adendo. Se você teve um original aprovado para publicação, e a editora irá investir dinheiro nisso, não esqueça de que ela está analisando o seu livro como uma possibilidade de ter lucro, e não porque ele é uma “obra prima”. Sim, eu sei que é uma coisa dura de ouvir, mas é melhor aceitar a verdade, do que viver iludido.
           Os novos autores, mesmo diante das facilidades que já mencionei, não podem se descuidar do seu aperfeiçoamento constante. Costumeiramente nos deparamos quem candidatos a fama literária que, quando, na hora de publicar, não possuem um blog, não escrevem para nenhum veículo e sequer participaram de alguma coletânea. Nunca publicaram um texto, nem no jornalzinho de sua cidade, possuem um português sofrível, e, num belo dia, resolvem sentar-se numa mesa e digitam freneticamente um livro de 250 páginas, muitas vezes sem uma pesquisa mínima sobre o assunto de que trata a narrativa. São pessoas que nunca escreveram profissionalmente. E o livro, que será fruto desse trabalho, obviamente, ainda não possuirá leitores interessados – familiares e amigos não contam – até porque, com exceção dos amigos e familiares já mencionados, ninguém saberá da existência do autor e da obra.
           Mesmo assim, o referido escritor tem certeza de que o trabalho de angariar leitores pertence exclusivamente à editora, e não a ele. Jura que seu livro só não vende por que a editora não faz sua parte. Ela não divulga seu nome, sua obra, não orienta, não o incentiva de trata melhor os autores mais famosos e atuantes de seu catálogo. Traduzindo, ele é a vitima e o coitadinho da história.
           Geralmente o novo autor publica por uma pequena editora, mas age como se estivesse lançando seu livro por um Grupo Editorial, como a Record ou a Globo. No entanto, editoras de renome continuam com suas portas fechadas para autores iniciantes e publicam somente quem já conquistou sua fatia – e seus leitores – no mercado editorial, pois o retorno é quase certo. E é porque investem pesado em determinado escritor, que as grandes editoras precisam da garantia de que seu investimento lhe trará retorno em curto prazo. E para que isso aconteça, o autor em questão necessita ter seu público leitor estabelecido.
         Lembra-se do que disse antes? Editora não é Instituição de caridade, é uma empresa que vive de resultados, ou seja, LUCRO. Assim sendo, a maioria dos escritores iniciantes irá publicar através de casas editoriais pequenas, sob demanda, que editam dezenas de livros por mês – praticamente todos com tiragens muito pequenas, inclusive, na maioria das vezes, desembolsando certa quantia para isso. Ai, autor iniciante, que tem seu original aprovado por uma dessas editoras, solicita 30 exemplares, como se estivesse solicitando 10 mil, e quer que a editora o coloque no Programa do Jô, na capa do caderno de cultura do Estadão e distribua sua obra em todas as livrarias do país. Contudo, ele próprio não consegue comercializar os 30 livros que pediu, o que me leva a conclusão de que nem sua família, amigos e colegas de trabalho compraram sua obra. E se o autor não tem 30 pessoas, do seu próprio circulo de amigos e parentes, interessadas em seu livro, como a editora vai encontrar cinco mil dispostas a pagar para ler uma obra de um escritor que nunca ouviram falar? Isso sem levarmos em conta a grande concorrência que se criou. Lembre-se, se ficou mais fácil para você publicar, também ficou mais fácil para todo mundo publicar.
          E só ficou fácil por que a maioria das pequenas editoras dificilmente realiza um trabalho exclusivo de edição e divulgação para cada lançamento. Não por que não querem, mas porque, se assim fizerem, não conseguirão sobreviver por mais de 90 dias, pois, se a tiragem for pequena, o lucro da editora também será igualmente pequena. Tiragens maiores significam investimentos maiores, e, consequentemente, riscos maiores, que também poderão levar a editora a fechar suas portas rapidamente, se não der um retorno satisfatório.
           É por essa razão que as editoras menores se obrigam a publicar muitos autores, visando minimizar os riscos e auferir um lucro razoável para manter-se no mercado. Elas trabalham baseadas em quantidade, e não necessariamente em qualidade, embora se este ultimo não for tratado com cuidado, também pode levar a editora a perder seus leitores, e, consequentemente, reduzir seus lucros, passando até a correr o risco de fechar suas portas. Tanto é que algumas chegam a lançar mais de 700 livros por ano, cada um com tiragem variando entre 30 e 50 exemplares.
           É ai que surge o questionamento. Como uma editora, que lança 700 autores por ano, vai conseguir, efetivamente, divulgar um por um de seus lançamentos? Impossível!
         Uma editora é uma empresa como outra qualquer, que possui despesas, salários, aluguel, planilhas, cronogramas, impostos e contas para pagar. Mas o autor iniciante, e às vezes alguns experientes, não querem entender isso. Geralmente por não querer abrir mão de suas fantasias literárias. E, apesar de publicar por uma editora, que lança quase 60 autores por mês, solicita 10 exemplares de sua obra, exige mil regalias: quer divulgação, preço baixo, ilustração na capa e no miolo do livro, distribuição em todas as livrarias do país. Quer participar e dar autógrafos em bienais, em programas de rádio e TV e receber muita bajulação, mesmo não conhecendo meia dúzia de pessoas interessadas em pagar para ler o seu livro.
         Um outro erro comum, que os novos autores cometem, é acreditar que escritores, hoje renomados, somente são famosos por que publicam por uma grande editora. Isso não é verdade. A generosa maioria de autores renomados começou como todo mundo; anônima e lentamente, trabalhando muito, conquistando leitores e seu espaço embaixo do sol, devagar e sempre.
     André Vianco, escritor de Literatura Fantástica, conhecido por todo país, e um dos ícones nacionais nesse tipo de literatura, lançou seu primeiro livro – Os Sete – de forma independente, utilizando o FGTS, que recebeu depois de ser demitido, e saiu vendendo os 1mil exemplares, até adquirir certa notoriedade na cidade onde residia e ser contratado para publicar pela Novo século.
         Eduardo Sporh, outro escritor de Literatura Fantástica, também publicou seu livro de forma independente, passando a vendê-lo através de do Blog Jovem Nerd. Tal trabalho, e a quantidade de exemplares vendidos chamou a atenção da Verus – divisão da Record para Literatura Fantástica, tornando-se referencia nesse tipo de literatura.
        Daniel Galera, escritor premiado, publicado fora do país, e um dos nomes mais relevantes da nova literatura brasileira, lançou seu primeiro livro, Dentes Guardados, em 2001, através de uma editora, que ele próprio fundou para se autopublicar, pois, nessa época, não existiam tantas pequenas editoras de portas abertas.
        Carol Bensimon lançou seu primeiro livro, Pó de Parede, através da pequena e desconhecida Não Editora, e hoje é autora da Companhia das Letras. Raphael Montes, autor da mesma Companhia das Letras, publicou pela primeira vez, em 2009, em uma coletânea da Editora Multifoco chamada Assassinos S/A.
      E temos aqueles que não são conhecidos nacionalmente, mas são ícones em seu gênero de escrita, tais como os autores da coletânea Amor Vampiro, publicada pela Giz Editorial, em 2008, onde figuraram nomes como o já mencionado André Vianco, as damas do terror nacional Giulia Moon e Martha Argel, Nelson Magrini, a autoridade nacional em vampiros Adriano Siqueira, bem como o versátil J. Modesto.
          Todos eles não enviaram seus originais para um grande selo, nem foram aprovados e se tornaram escritores reconhecidos da noite para o dia. Todos realizaram um trabalho sério, profissional, constante e comprometido, durante muito tempo, dia após dia, até finalmente conquistarem seu espaço no mercado editorial brasileiro e no interesse dos leitores.
            O mais importante, se resolver publicar através de uma pequena editora, não aja como se fosse o autor Best Seller da literatura nacional, exigindo mundos e fundos. Arregace as mangas e trabalhe na divulgação e venda de seus livros, pois se você não acredita nele e não trabalha em prol da sua obra, não pode exigir que os outros o façam sem dar nada em troca. Pensar que está trabalhando “de graça” para a editora é pensar pequeno. Na verdade você está trabalhando para você. Para a sua marca, o seu nome e pavimentando sua estrada para o sucesso.
                                                                                  
 Boa Sorte!
L. H. Hoffmann